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Foto: David Silverman/Getty Images
O grupo fundamentalista islâmico Hamas propôs um plano de cessar-fogo de 135 dias em três fases, com duração de 45 dias cada, na guerra com Israel na Faixa de Gaza.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (7) pela agência de notícias Reuters, que visualizou o rascunho da resposta do grupo a uma oferta enviada na semana passada por mediadores de Egito e Catar.
De acordo com o documento, a primeira fase envolve a libertação de todas as mulheres, idosos, doentes e homens com menos de 19 anos, em troca da soltura de mulheres e crianças palestinas das prisões israelenses. O Exército do premiê Benjamin Netanyahu também teria que retirar suas tropas das áreas povoadas.
Já a segunda etapa, que não começaria até que as partes concluíssem “conversas indiretas sobre os requisitos necessários para encerrar as operações militares mútuas e retornar à calma total, incluiria a libertação dos reféns masculinos restantes e a retirada dos soldados israelenses de Gaza.
Por sua vez, a terceira fase diz respeito à restituição dos corpos e restos mortais. Além disso, a trégua também aumentaria o fluxo de alimentos e outros tipos de ajuda para os civis afetados pelo conflito em Gaza, acrescenta a Reuters.
O Hamas também pede ajuda e o início da reconstrução do enclave e declara que quer a libertação de um total de 1,5 mil prisioneiros palestinos das prisões israelenses, um terço dos quais estão entre os condenados à prisão perpétua.
Por fim, o grupo fundamentalista espera que as partes tenham chegado a um acordo sobre o fim da guerra até o final da terceira fase.
A proposta, porém, recebeu críticas por parte de Israel. Uma fonte israelense afirmou que muitos dos pedidos contidos na contraproposta do Hamas para um acordo são “inaceitáveis sob todos os pontos de vista”.
Em entrevista ao Canale 13, o interlocutor disse ainda que a questão que se coloca agora é se deve rejeitar completamente as solicitações ou iniciar negociações em uma tentativa de os suavizar.
A guerra entre Hamas e Israel ocorre desde 7 de outubro de 2023, quando o grupo invadiu o território liderado por Netanyahu e deixou mais de 1,2 mil mortos. Na sequência, as tropas israelenses deflagraram uma ofensiva contra os fundamentalistas na Faixa de Gaza, provocando a morte de 27,7 mil palestinos, segundo balanço atualizado nesta quarta.
Fonte: Terra