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Após violência no Flow, rivais defendem ‘cordão sanitário’ contra Marçal nos debates

 

Foto: Reprodução

 

Um dia após o debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado pelo grupo Flow, terminar com a expulsão de Pablo Marçal (PRTB) e com o marqueteiro do emedebista Ricardo Nunes ensanguentado, adversários do ex-coach defenderam nesta terça-feira a adoção de medidas para impedi-lo de participar dos próximos encontros.

Há também pedidos para reforçar a segurança nos debates e barrar a candidatura de Marçal através da Justiça Eleitoral. Pela legislação, as emissoras têm a obrigação de convidar os candidatos cujos partidos tenham ao menos cinco deputados federais.

O PRTB, legenda pela qual o ex-coach disputa as eleições, não elegeu nenhum parlamentar – o convite, portanto, se dá pelo fato de o empresário figurar entre os postulantes mais bem colocados em pesquisas de intenção de votos.

Em encontros anteriores, Marçal agrediu verbalmente seus rivais, com ajuda de apelidos pejorativos, e fez acusações sem provas, como a de que Guilherme Boulos (PSOL) seria usuário de drogas. O empresário também foi alvo de uma cadeirada desferida pelo tucano José Luiz Datena, no debate da TV Cultura, após uma série de provocações.

No debate desta segunda, ele foi expulso após descumprir por três vezes regras estipuladas pela organização do evento. Depois disso, um dos seus assessores desferiu um soco contra o publicitário Duda Lima, que trabalha com Nunes.

Por meio de nota, a deputada Tábata Amaral (PSB) chamou atenção das emissoras sobre os motivos que levam a convidar um candidato que “não debate propostas para a cidade” e participa apenas “a intenção de tumultuar”. “A confusão que ele causa é um método que só o favorece e que impede a população de ver uma discussão sobre os problemas reais da cidade”, sustentou.

Datena, por sua vez, defendeu que Marçal seja “parado” durante agenda na zona leste de São Paulo. “Ele está sendo chamado de psicopata, mas é um mau caráter, sujeito de péssima qualidade e que precisa ser parado pela lei”, afirmou o tucano, após ser saudado por populares pela cadeirada dada no ex-coach.

Já Boulos classificou a agressão cometida pelo assessor do empresário como “inaceitável”e estendeu suas críticas ao atual prefeito que, segundo ele, teria feito provocações nos bastidores do debate. “Não é por acaso que são dois candidatos ligados ao ex-presidente Bolsonaro, a essa cultura de ódio”.

Nunes comentou o episódio após sabatina na Associação Comercial de São Paulo. Aos jornalistas, cobrou maior segurança nos debates e afirmou que as urnas darão o “troco” em Marçal. Disse considerar também que o ato contra Lima foi “premeditado”, mas não defendeu a exclusão do rival dos próximos encontros.

“Acho que ele ir no debate é bom, ele participar do debate é bom, porque as pessoas estão vendo que ele não conhece a cidade, que ele não tem propostas, que ele só fala coisas lunáticas, que está nesse processo, só pode ser para outro fim a não ser ganhar dinheiro”, acrescentou.

Até o momento, apenas a campanha do ex-coach não confirmou participação no debate da Record, previsto para o próximo dia 28. Na segunda-feira, os candidatos voltam a se encontrar no confronto promovido pela Folha de S. Paulo e pelo portal UOL. Também haverá um debate na TV Globo, no dia 3 de outubro, o último antes das eleições.

 

 

Fonte: Carta Capital

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