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Após nova cheia, Guaíba tem ondas e invade casas; bairro é evacuado em Porto Alegre

O nível do lago Guaíba, em Porto Alegre (RS), subiu 42 centímetros e atingiu 5,22 metros na tarde desta terça (14). A elevação ocorre desde o fim de semana e deve atingir o nível máximo entre a tarde e a noite de hoje, chegando a um patamar entre 5,30 e 5,50 metros.

Com o aumento da cota de inundação, que é de 3 metros, e a formação de ondas no lago, o bairro de Lami, no extremo sul da cidade, precisou ser evacuado. O Guaíba atingiu o recorde de 5,3 metros no último dia 5 e vinha recuando nos últimos dias, mas a volta das chuvas intensas causou novas enchentes na região metropolitana.

A tendência é que o nível continue subindo, principalmente por conta das bacias hidrográficas dos rios Taquari, Caí, dos Sinos e Gravataí, que deságuam no lago. O recuo deve ser lento, com a manutenção de um nível elevado durante semanas.

Existe uma previsão de que a capital fique alagada por um mês, caso o lago se mantenha acima da cota de inundação. O novo pico gera preocupação, já que pode gerar uma situação mais grave do que a registrada em 1941, quando a cidade ficou inundada por 32 dias.

As ondas do lago geraram um avanço da enchente pelo bairro Ipanema, onde a inundação ultrapassou o calçadão da orla e invadiu casas. Os bairros Sarandi, Humaitá e Navegantes, na zona norte, foram diretamente afetados, assim como o Centro Histórico, Cidade Baixa, Menino Deus e Praia de Belas.

A elevação de água foi menor do que a registrada nos últimos dias nos bairros centrais. Há diversas vias alagadas na capital, como as avenidas Borges de Medeiros e Praia de Belas, onde os bueiros estão sobrecarregados e o escoamento é dificultado. A expectativa, no entanto, é que o nível diminua ao longo da semana.

O nível de alerta do lago é de 2,5 metros e a inundação ocorre quando chega a 3 metros. Com o avanço da água, autoridades de Porto Alegre, que fica nas margens do Guaíba, tiveram que criar uma força-tarefa para erguer barreiras e resgatar moradores em áreas de risco.

 

Fonte: DCM

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