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PCC pesquisou os endereços de Lira e Pacheco em Brasília, aponta relatório

Foto: Ed Alves/CB/DA.Press

Relatórios de inteligência do Ministério Público Federal de São Paulo e da Polícia Federal apontam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) fez um levantamento sobre os endereços dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para uma “missão”. Os documentos não mencionam, porém, qual seria o plano da facção contra os parlamentares.

A informação foi adiantada pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo o MP, além da localização das residências oficiais dos chefes do Congresso, o grupo criminoso enviou um seleto grupo de integrantes da facção para Brasília, com o objetivo de cumprir a “missão”. Os agentes da PF encontraram, em um celular de um dos alvos da investigação, fotos aéreas das residências oficiais de Lira e Pacheco, com comentários sobre os imóveis. As imagens foram capturadas na internet em 29 de novembro de 2022.

O plano foi descoberto no âmbito do inquérito que desarticulou uma ação do PCC para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Em setembro, a Justiça Federal do Paraná acatou a denúncia feita pelo Ministério Público contra nove suspeitos de elaborar o crime.

A polícia também encontrou registros de pesquisa sobre imóveis para compra na Península dos Ministros, no Lago Sul, em Brasília, região onde estão as residências dos chefes do Legislativo. Para os investigadores, esses dados “demonstram que houve determinação da cúpula para que esse setor do PCC, a célula Restrita, realizasse esses levantamentos das referidas autoridades da República”.

O relatório informa que, em 9 de maio deste ano, dois meses após a operação que mirou Sergio Moro, Janeferson Gomes, conhecido como Nefo — apontado como chefe da célula Restrita, até então —, acionou outros integrantes do PCC para a missão. Também houve despesas de “aparelhos celulares, aluguel de imóvel, transporte, seguro, IPTU, alimentação, hospedagem, mobília do imóvel, compra de eletroeletrônicos”. Segundo o MP, pelo menos R$ 44 mil foram gastos com o plano da facção.

 

Fonte: Correio Braziliense

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