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Hasan Rabee e sua família passaram semanas fechados em Gaza, para evitar as bombas e a morte. A ordem era a de evitar sair à ruas. Agora, no Brasil, voltou a ficar confinado. Desta vez, o motivo são os ataques que ele e sua família continuam recebendo, principalmente de perfis da extrema direita.
Estávamos fechados em Gaza e agora estamos fechados no Brasil
Hasan ao UOL
Logo que desembarcou, ele passou a ser alvo de ataques nas redes sociais, com mais de 200 mensagens ofensivas e ameaçadoras em apenas poucos dias
Nos dias da retirada do grupo de Gaza e viagem ao Brasil, circularam nas redes sociais postagens antigas de Hasan nas quais ele teria sugerido queimar ônibus em Israel, em 2015. Dias depois, no Jornal Nacional, ele afirmou que não se lembrava das postagens e que poderia ter postado “com raiva”.
“Não sou a favor de violência nenhuma, sou a favor da conversa, sempre”, disse. “Pode ser que eu tenha postado com raiva. Mas, em 2015, não me lembro de nada”, completou.
A coluna revelou com exclusividade que, diante da situação, a advogada Talitha Camargo da Fonseca pediu a inclusão dele e de sua família no Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos do governo federal. As autoridades brasileiras ainda anunciaram uma mobilização para investigar os autores dos ataques xenófobos e racistas.
Mais de uma semana depois, porém, a ofensiva nas redes sociais contra o brasileiro de origem palestina continua e não perde força. O resultado tem sido uma decisão por ele e sua família de sair apenas quando necessário às ruas. O local onde estão não foi revelado.
Fonte: UOL