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Greve na Islândia mobilizou 100 mil mulheres em um ato em prol da igualdade de gênero

Katrín Jakobsdóttir, primeira-ministra da Islândia — Foto: Getty Images

 

Na Islândia, um protesto histórico ocorreu nesta terça-feira, 24 de outubro, quando cerca de cem mil mulheres e pessoas não-binárias uniram forças em uma greve de um dia, levantando suas vozes contra a desigualdade de gênero no ambiente de trabalho. Este protesto monumental representou o maior ato de reivindicação já realizado no país e teve a participação da primeira-ministra, Katrín Jakobsdóttir. A greve abarcou todas as formas de trabalho, incluindo responsabilidades domésticas e de cuidado.

De acordo com os organizadores, o protesto teve um impacto significativo em todo o país, resultando no fechamento de escolas e creches, com apenas um banco funcionando. A mensagem clara era que a igualdade de gênero é uma pauta urgente.

A primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir afirmou ao jornal inglês The Guardian: “Meu sonho é alcançar a igualdade de gênero antes de 2030, mas sei que isso requer um esforço significativo. Estamos fazendo alterações na legislação para abordar questões como a disparidade salarial entre homens e mulheres, a violência de gênero e o assédio sexual, e estamos comprometidos em avançar ainda mais.”

Freyja Steingrímsdóttir, porta-voz da Federação Islandesa dos Trabalhadores Públicos, a maior federação de sindicatos de trabalhadores públicos do país, destacou que, embora a Islândia seja reconhecida globalmente como uma líder em igualdade de gênero, “ainda há um longo caminho a percorrer”, conforme relatado pelo jornal The New York Times.

Vale ressaltar que, pelo 14º ano consecutivo, a Islândia obteve a melhor pontuação geral no Relatório Global de Lacunas de Gênero do Fórum Econômico Mundial, publicado em junho. Em 2018, o país introduziu uma nova legislação que exigia que empresas e órgãos governamentais comprovassem que estavam pagando igualdade salarial a homens e mulheres. No entanto, apesar desses avanços, as disparidades salariais e de representação em cargos de liderança diminuíram desde 2021, com as mulheres ainda ganhando, em média, 21% a menos do que os homens no país.

Fonte: Marie Clarie

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