Physical Address
304 North Cardinal St.
Dorchester Center, MA 02124
Physical Address
304 North Cardinal St.
Dorchester Center, MA 02124
Foto: REUTERS/Nicholas Pfosi
A Justiça dos EUA decidiu bloquear nesta sexta-feira (23) a decisão do governo de Donald Trump de proibir que a Universidade Harvard, a mais prestigiosa do país, tenha estudantes estrangeiros.
Dessa forma, os estudantes estrangeiros que estudam ou querem estudar na instituição seguem autorizados a ter um visto de estudante nos Estados Unidos. A proibição, que agora virou caso judicial, é a maior escalada do embate entre Harvard e o governo Trump.
O Tribunal Federal de Boston aceitou uma queixa apresentada pela direção de Harvard também nesta sexta.
A juíza responsável pelo caso, Allison Burroughs —nomeada para o cargo pelo ex-presidente Barack Obama— ordenou que a ordem do governo Trump seja paralisada. Ou seja: a medida fica sem efeitos legais a não ser que Washington recorra da decisão.
O governo dos EUA ainda não havia informado, até a última atualização desta reportagem, se vai recorrer. Burroughs agendou audiências para a próxima semana, entre terça (27) e quinta-feira (29), para considerar os próximos passos no processo.
Na queixa apresentada mais cedo, a universidade alegou que a medida provoca “efeitos devastadores” em cerca de 7.000 alunos da universidade que são estrangeiros e dependem do visto de estudante para residir nos EUA.
“Sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard”, disse, na queixa, a instituição de ensino, que tem 389 anos. “Com um golpe de caneta, o governo tentou apagar um quarto do corpo estudantil de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a universidade e nossa missão”.
A proibição de alunos internacionais —que são 1 em cada 4 estudantes da universidade— foi anunciada na quinta (23) pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA como retaliação aos recentes enfrentamentos entre Trump e a direção de Harvard, que tem se negado a adotar exigências de Washington.
Na queixa jurídica, a universidade também chamou a proibição do governo americano de “violação flagrante” da Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, além de outras leis federais do país.
Fonte: G1