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Foto: Scott Eisen/Getty Images
O governo dos Estados Unidos ameaçou Harvard com a revogação do direito de aceitar estudantes estrangeiros, caso a universidade siga recusando as exigências da Casa Branca.
A pressão foi oficializada nesta quarta-feira, 15, por meio de uma carta da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, que cobrou relatórios sobre supostas “atividades ilegais e violentas” de alunos internacionais e alertou que a universidade será colocada sob supervisão federal.
Mais de 27% dos alunos da universidade vêm do exterior. Se Harvard perder a autorização para recebê-los, o impacto acadêmico e financeiro será profundo.
A instituição já teve cerca de US$ 2,2 bilhões em verbas federais congelados e está sob ameaça de perder sua isenção fiscal – benefício que representa milhões de dólares por ano.
Em comunicado à comunidade acadêmica, o reitor Alan Garber disse que Harvard não abrirá mão de sua independência e reafirmou o compromisso com os princípios constitucionais.
A universidade considera que a exigência de monitoramento de estudantes estrangeiros fere a liberdade intelectual.
Trump tem usado sua plataforma Truth Social para atacar a instituição, chamando-a de “piada” e dizendo que Harvard “ensina ódio e estupidez”. A retórica se alinha ao discurso eleitoral do ex-presidente, que acusa o ensino superior de promover uma agenda progressista contrária aos valores conservadores.
O ataque a Harvard não é isolado. A Universidade de Columbia cedeu à pressão do governo após perder US$ 400 milhões em repasses, concordando com mudanças internas e a revisão de departamentos ligados ao Oriente Médio.
Harvard, até agora, tem resistido – mesmo após afastar líderes de seu Centro de Estudos do Oriente Médio –, e se recusa a cumprir a nova lista de exigências, assumindo o risco de mais retaliações.
Fonte: Veja