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Foto: Natacha Pisarenko/AP
O presidente da Argentina, Javier Milei, se envolveu em uma polêmica na última sexta-feira (14) que resultou até em uma “investigação urgente” aberta pelo próprio governo e um pedido de impeachment pela oposição.
A controvérsia começou quando Milei promoveu, em um post na rede social X (antigo Twitter), o investimento em uma criptomoeda chamada $LIBRA. Essa criptomoeda seria a base para um projeto de financiamento de pequenas empresas.
Na publicação, Milei explicou que a criptomoeda era “um projeto privado” destinado a “incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenas empresas e empreendimentos argentinos”. O presidente afirmou ainda que “o mundo quer investir na Argentina” e forneceu o nome e o link para a página da criptomoeda.
A $LIBRA é uma unidade de valor digital que não possui valor em moeda real.
O que aconteceu após a divulgação?
Após o presidente divulgar o ativo em suas redes sociais, a cotação da criptomoeda disparou, atingindo um pico de US$ 4.978 (cerca de R$ 28.512), segundo a agência de notícias AFP.
No entanto, em poucas horas, especialistas do mercado de criptomoedas passaram a alertar que a criptomoeda poderia ser uma “furada” para os investidores, pois a maioria das cotas estava nas mãos de poucas pessoas.
Após a forte alta, quem detinha a criptomoeda antes da divulgação de Milei, começou a vender o ativo para garantir os lucros.
Essa é uma manobra conhecida como “puxada de tapete”, em que os desenvolvedores de uma criptomoeda atraem investimentos legítimos, aumentam o valor do ativo e depois se desfazem de sua participação.
Na prática, após promover uma alta quase artificial, os detentores vendem o produto enquanto o preço ainda está elevado. Essas vendas levam o ativo a se desvalorizar rapidamente, deixando os investidores tardios no prejuízo.
Milei, então, voltou atrás e apagou sua publicação. Ele afirmou que “não estava ciente dos detalhes do projeto” e que “depois de tomar conhecimento, decidiu não continuar difundindo”.