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Grupo criminoso enterrava drogas nas dunas de Ponta Negra para evitar apreensão

Foto: José Aldenir – Agora RN

 

Durante uma investigação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e da Polícia Civil, foi descoberto que um grupo criminoso do estado estava enterrando diversas drogas nas dunas de Ponta Negra. Os integrantes aproveitavam que a região estava sob vigilância do grupo para evitar a apreensão das drogas pelos agentes de segurança pública potiguar.

O grupo está sendo investigado na operação ‘Na Rota’ deflagrada na manhã desta segunda-feira 11. Segundo informações do MPRN a organização criminosa atuante na Vila de Ponta Negra, na zona Sul de Natal, liderada por dois irmãos e possui envolvimento com o tráfico interestadual de drogas, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e lavagem de dinheiro decorrente do tráfico no RN e ainda nos Estados do Rio de Janeiro, Amazonas e Alagoas.

Também foi apurado que eles adquirem toneladas de entorpecentes de fornecedores da região Norte do país, especificamente do Estado do Amazonas, e fornece drogas a diversos traficantes do RN.

Grupo criminoso responsável por lavar milhões

A investigação revelou ainda que, em menos de dois anos, integrantes do grupo criminoso movimentaram, pelo menos, R$ 16.917.095,14, entre créditos e débitos, remetendo valores oriundos do tráfico de drogas para pessoas físicas e jurídicas localizadas, principalmente, nos Estados do Amazonas e do Rio de Janeiro vinculadas aos fornecedores de entorpecentes do grupo criminoso. Foi constatado também que três pessoas jurídicas beneficiadas dos valores eram empresas de fachada, constituídas apenas para dissimular valores oriundos do tráfico de drogas. Essas empresas movimentaram mais de R$ 386.123.385,86, entre créditos e débitos, em apenas 22 meses. Uma só empresa, localizada no município amazonense de Tabatinga, na fronteira com Colômbia e com o Peru, recebeu em suas contas, pelo menos, R$170.270.186,75 oriundos do tráfico de drogas.

Durante a operção estão sendo cumpridos 48 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva, quatro mandados para uso de tornozeleira eletrônica nos Estados do Rio Grande do Norte, Amazonas, Rio de Janeiro e Alagoas. A pedido do MPRN, a Justiça potiguar determinou ainda o bloqueio de contas bancárias e a indisponibilidade de bens, veículos e imóveis dos investigados.

 

Fonte: Agora RN

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