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Caso Maria Fernanda: menina teria corrido do assassino antes de morrer, diz delegado

Foto: Cedida/PCRN

 

O suspeito de matar a menina Maria Fernanda, de 12 anos, vai responder pelos crimes de homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver, de acordo com o delegado Márcio Lemos, diretor da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Ele disse que o homem confessou o assassinato e que teria estuprado a vítima. O intervalo entre a criança ter entrado no carro dele e a consumação dos crimes foi de menos de duas horas. Ainda conforme o delegado, o suspeito disse que a vítima ainda chegou a correr na área de matagal, em tentativa de fuga.

Conforme relato do suspeito, o diretor da DHPP disse que ele pegou a garota por volta das 12h30, em São Gonçalo do Amarante, na última quinta-feira (31) e seguiu sentido à Lagoa de Pitangui, em Extremoz. Ele saiu do local por volta 14h30, já depois de ter matado a menina, e voltou para a oficina onde estava fazendo um serviço no carro.

“A Polícia Civil só tomou conhecimento do caso, através da família, na sexta-feira, por volta das 10h30. Às 11h nós já estávamos atuando, sem saber que não era um caso de desaparecimento, já era um caso de homicídio. Conseguimos lograr êxito em pouco tempo com essa força-tarefa, sem descansar, de forma ininterrupta. Isso possibilitou que no dia de ontem ainda conseguissemos lavrar o flagrante, porque não teve solução de continuidade”, afirmou o delegado Márcio Lemos, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (5).

Após ser detido, o homem esboçou relativo arrependimento, de acordo com o delegado, mudou algumas vezes a versão do crime e, por fim, contribuiu para localizar o carro e o corpo da vítima.

O diretor da DHPP ainda alertou para o cuidado com a cobertura midiática do caso, sobretudo nas redes sociais. “Nós estávamos em silêncio porque toda aquela divulgação com a família atrapalhou muito. Inclusive, gerou riscos a outros, como o cidadão do veículo Strada vermelho. A gente expediu uma nota oficial da Polícia Civil afastando a responsabilidade dele, o que, a nível investigativo, não era nem interessante porque o verdadeiro autor poderia estar tranquilo achando que a gente estava procurando uma Strada. Tivemos que fazer essa retratação, infelizmente, prejudicando a investogação, porque tinha um setor da mídia explorando a situação. E aí, o rapaz começou a se desfazer de prova e gerou risco de vida ao outro cidadão, que foi abordado diversas vezes como suspeito”, afirmou o delegado.

Asssassino conhecia a menina

O assassino conhecia a menina do bairro onde ela morava. Segundo o diretor da DHPP, ele morou numa rua paralela à da casa da vítima durante anos e ainda frequentava a região.

 

Fonte: Tribuna do Norte

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