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Assassinos confessos de Marielle começam a ser julgados hoje às 9h

Foto: Reprodução

 

Réus confessos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz vão a júri popular nesta quarta-feira, 30, no Fórum Central do Rio de Janeiro. A sessão no Tribunal do Júri começa a partir das 9h.

O julgamento vai ouvir em plenário os acusadores da dupla — membros do Ministério Público do Rio, da Defensoria Pública, familiares das vítimas e o advogado de Mônica Benício, viúva da ex-parlamentar — e a defesa de Lessa e Queiroz. A expectativa, contudo, é que o procedimento se estenda por mais um dia, e as sentenças só sejam promulgadas na quinta 31.

Tanto Lessa, quanto Queiroz responderão pelo duplo homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima — contra Marielle e Anderson Gomes, seu motorista no dia da execução, além da tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves (que era assessora da vereadora e estava junto das duas vítimas), igualmente qualificada de forma tripla. Com isso, a acusação deve pedir 84 anos de prisão para a dupla.

Réus confessos

Os dois réus estão presos desde março de 2019, quando foram denunciados pelo Ministério Público do Rio, após ação do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) junto à Delegacia de Homicídios da Polícia Civil. Desde 2023, contudo, Queiroz e Lessa assinaram delações sobre o caso, em que confessaram sua participação no crime.

Queiroz disse ter dirigido o veículo usado para o crime e apontou Lessa como o responsável pelos disparos. Em seguida, Lessa reconheceu ter sido o executor de Marielle, apontando ainda os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, respectivamente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio e deputado federal, como mandantes da execução. Ele também disse que o delegado de Polícia Civil Rivaldo Barbosa atuou junto aos Brazão na organização do crime, e ao dificultar sua elucidação. Tanto Barbosa, quanto os Brazão estão presos desde então.

 

 

Fonte: Veja

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