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Foto: Inter TV Costa Branca
Maior produtor de melão do Brasil, o Rio Grande do Norte teve resultado de 604.566 toneladas da fruta em 2023, de acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal, divulgada neste mês de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número é sete vezes maior que a produção da Bahia e nove vezes a produção do Ceará, o segundo e o terceiro colocados na lista de maiores produtores de melão, respectivamente.
O melão também se destaca como maior lavoura no estado, seguido pela cana-de–açúcar e a banana (cacho). Enquanto o melão é responsável por 23,5% do valor total de produção estadual, a cana fica com 20,1% e a banana, 11%.
Em 2023, o IBGE registrou um aumento no valor de produção do melão, de 18,7% para 23,5% em relação ao ano de 2022. O salto da produção foi de 36,7%, equivalente a 162,5 mil toneladas.
A cana-de-açúcar e banana também apresentaram aumento em toneladas em 2023 quando comparado a 2022, mas o percentual de participação no valor da produção reduziu de 25,8% para 20,1 e de 16,5% para 11,0%, respectivamente.
Além do melão, em 2023, o Rio Grande do Norte também se destacou nacionalmente nas produções de mamão (3º lugar) com mais de 138 mil toneladas, abacaxi (6º lugar) com mais de 65.230 frutos por hectare, castanha de caju (2º lugar), com mais de 32 mil toneladas, melancia (5º) com mais de 147 mil toneladas e batata-doce (5º lugar), com mais de 66 mil toneladas produzidas.
Quanto ao milho, apesar de ser a segunda cultura que mais utiliza área plantada no estado (66,4 mil hectares), ou quase 18,6% de toda área plantada do RN, representa apenas 1,07% do valor da produção e ocupou a 14ª posição no indicador em 2023.
A castanha de caju, produto tradicional no estado, ocupou 58,3 mil hectares em área plantada, gerou mais 131,3 milhões, que representou apenas o 8ª maior rendimento do total, equivalente a 3,75%.
Apenas 10 municípios potiguares concentram 60,9% do valor produzido pela agricultura potiguar, equivalente a R$ 2,1 bilhões. Os municípios de Mossoró (R$ 413 milhões), Baraúna (R$ 353 milhões) e Alto do Rodrigues (R$ 271 milhões) são os três com maior valor da produção e juntos somam mais de R$ 1,0 bilhão, ou 29,7% do total.
“A área plantada e colhida desses municípios não são as maiores do estado, mas devido ao volume e ao valor dos respectivos produtos, são os que apresentam o maior valor da produção”, informou o IBGE.
De acordo com os dados da Pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM), em 2023 o valor da produção agrícola no Rio Grande do Norte em lavouras temporárias foi de R$ 2,3 bilhões e em lavouras permanentes de R$ 1,1 bilhão. Esses valores representam um crescimento de 20,6% e 26,3% em relação ao ano de 2022, respectivamente.
Em conjunto, as duas lavouras representaram um rendimento total de R$ 3,5 bilhões, com incremento de R$ 640 milhões ou de 22,4% em relação ao período anterior.
A área plantada em temporárias no RN foi de 264 mil hectares, com alta de 12,3%, ou 28,9 mil hectares a mais do que em 2022. Enquanto para lavouras permanentes, a área plantada foi 91 mil hectares, um aumento de 9,7 mil hectares (11,8%) em relação ao ano anterior.
A área colhida total foi de 325 mil hectares e representou uma redução de 9,7% em relação à área plantada de 356 mil hectares. Nacionalmente, o Rio Grande do Norte ocupa a 20ª posição em quantidade de áreas plantadas e colhidas e na Região Nordeste, figura na 8ª posição.
Fonte: G1 RN