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Baseado em história real, filme narra história de amizade entre pescador do RJ e pinguim

Foto: Reprodução/Globo

 

O longa-metragem “Meu Amigo Pinguim” chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (12) para contar a história de uma amizade especial entre um pescador do Rio de Janeiro e um pinguim que precisava de ajuda.

Em 2011, um pinguim-de-magalhães apareceu na praia de Provetá, em Ilha Grande (RJ), coberto por óleo e debilitado. Quem o encontrou e removeu todo óleo de seu corpo, salvando-o da morte, foi o pescador João Pereira de Souza.

Batizado de Dindin, o animal retornou nos sete anos seguintes para visitar o amigo pescador. Em 2016, técnicos do Instituto Argonauta constataram, por meio de anilha metálica de identificação, que era o mesmo pinguim que voltava todo ano para encontrar o senhor João.

Dirigido pelo cineasta brasileiro David Schurmann, a produção contou com a atuação de dez pinguins-de-magalhães do Aquário de Ubatuba. As filmagens mobilizaram cerca de 150 profissionais e ocorreram em Ubatuba (SP), Paraty (RJ) e também na Patagônia Argentina.

Para o diretor, era essencial gravar o filme com pinguins reais e ele encontrou um jeito de não privá-los da liberdade. O pinguim chamado de Maui acabou se destacando nos treinamentos e foi escolhido para ser o “protagonista”, fazendo o papel do pinguim DinDin.

“Os pinguins do Aquário de Ubatuba vieram através do Instituto Argonauta e são animais que foram resgatados, tratados, recuperados, mas não podem voltar pro mar, porque têm algum tipo de deficiência”, conta David.

“A participação dos pinguins do aquário no filme tem a ver com a missão do aquário, que é de educar e sensibilizar as pessoas”, comenta o oceanógrafo e diretor do Aquário de Ubatuba, Hugo Gallo. As gravações seguiram protocolos de segurança e foram acompanhadas por duas ONGs de proteção animal.

Na visão dele, o longa também possibilita expor ameaças relacionadas à pesca predatória de peixes que servem de alimento aos pinguins, à poluição dos oceanos por óleo e lixo e também aos impactos do aquecimento global.

O filme conta com a participação dos atores Jean Reno, Adriana Barraza e Alexia Moyano. A direção de fotografia é feita por Anthony Dod Mantle, vencedor do Oscar por “Quem Quer Ser um Milionário?”.

Inspirar é melhor que assustar

Ainda de acordo com Schurman, neste período de crise climática e atenções voltadas ao meio ambiente, contar uma história que aproxime as pessoas da natureza de uma forma sensível é melhor do que somente exibir tragédias.

 

Fonte: G1

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