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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em entrevista à Rádio Difusora Goiana, nesta sexta-feira (6/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, pela prioridade que ele tem demonstrado em relação às mulheres, não tem certeza da permanência do ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, no governo.
O ministro é acusado de ter assediado sexualmente mulheres que trabalham na administração federal, incluindo a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, conforme denúncia da coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.
“Eu estou em uma briga danada contra a violência contra mulheres. Meu governo tem a prioridade de fazer com que as mulheres se transformem em uma parte importante na política nacional. Então, eu não posso permitir que tenha assédio”, apontou.
E garantiu que deve haver uma apuração correta. “Mas acho que não é possível a continuidade [do ministro] no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso com alguém que seja acusado de assédio”, afirmou o presidente.
Lula também adiantou que fará reunião com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, nesta sexta, para falar sobre as acusações de assédio.
Almeida foi denunciado à organização Me Too Brasil por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres. A coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, trouxe à nota o assunto.
O Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, confirmou à coluna ter sido procurado por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados pelo ministro, inclusive pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, além de outras mulheres.
Durante a entrevista, o presidente fez referência a publicação de uma foto nas redes sociais da primeira-dama Janja da Silva, que aparecia abraçando e beijando a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, uma das supostas vítimas de assédio sexual do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
“O motivo da foto da Janja com a Anielle é a demonstração inequívoca de que as mulheres estão com as mulheres. E é o normal. Nenhuma mulher é favorável a alguém denunciado por assédio”, afirmou.
Fonte: Metrópoles