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Foto: Joerg Carstensen/AFP
O partido alemão de extrema-direita AfD venceu, neste domingo 1º, as eleições na Turíngia e está logo atrás dos conservadores na vizinha Saxônia, um resultado sem precedentes desde o pós-Segunda Guerra e um duro golpe para o chanceler Olaf Scholz, segundo pesquisas de boca de urna.
As eleições têm caráter experimental nestas duas regiões da antiga Alemanha Oriental e acontecem em um ambiente especialmente tenso, mais de uma semana depois do triplo assassinato com faca atribuído a um sírio em Solingen, no oeste do país. O ataque chocou o país e alimentou o debate sobre a imigração.
Na Turíngia, um dos menores estados federados da Alemanha e onde a extrema-direita é liderada pelo radical Björn Höcke, a Alternativa para a Alemanha (AfD) obteve uma ampla vitória, com entre 30,5% e 33,5% dos votos, à frente dos conservadores da CDU (24,5%), segundo as primeiras pesquisas após o fechamento das seções eleitorais difundidas pelas emissoras públicas de televisão ARD e ZDF.
Na Saxônia, onde também ocorreram eleições, a CDU lidera com entre 31,5% e 32% dos votos, enquanto a AfD aparece logo em seguida, com entre 30% e 31,5%.
Já o novo partido BSW, formado pela ex-figura de extrema-esquerda Sahra Wagenknecht, registra um avanço espetacular com entre 12% e 16% em ambas as regiões, e pode ser crucial na formação dos futuros governos regionais.
A vitória da AfD na Turíngia é algo sem precedentes no país desde o período pós-guerra, embora seja pouco provável que o partido de extrema-direita lidere o governo regional, uma vez que os outros partidos rejeitam qualquer coalizão com ele.
Fonte: Carta Capital