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Foto: Erin Schaff/The New York Times
Gernettia Jackson, de 50 anos, trabalha em uma ONG que ajuda crianças em situação de risco nos subúrbios de Milwaukee, no Wisconsin, no Meio-Oeste dos EUA. Desde o salto da inflação no governo do presidente Joe Biden, Nia, como é conhecida, faz bico como motorista de aplicativo nas horas vagas para pagar o aluguel e o mercado. Negra, se diz “progressista” e sempre votou nos democratas. Mas estava decidida, mesmo vivendo em um dos distritos eleitorais mais disputados do país, a se abster este ano. Só uma mudança na chapa governista, contou, um dia antes de o ex-presidente Donald Trump ser aclamado na Convenção Republicana, mês passado, a faria votar:
— Não voto desde o (Barack) Obama. Biden já estava velhinho há quatro anos. Agora, se fosse na Kamala (Harris), eu votava, e de cabeça erguida. Mas não vão deixar, né?
Deixaram. Em três semanas, desde que substituiu Biden na disputa pela Casa Branca, a vice-presidente não só passou à frente na média das pesquisas nacionais como emparelhou a corrida em Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, estados decisivos da chamada Muralha Azul — que, com exceção destes três, vota normalmente nos democratas desde os anos 80. Kamala também virou uma dor de cabeça inesperada aos até então favoritos republicanos no Cinturão do Sol, que inclui em sua maioria estados do sul e do sudoeste de temperaturas mais altas e onde cresce a diversidade demográfica.
Fonte: O Globo