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Lula diz a amigos estar em uma situação ‘delicada e complicada’ com a crise na Venezuela

Foto: Sérgio Lima/Poder360

 

Diante do agravamento da crise política na Venezuela, o presidente Lula admitiu a amigos estar numa situação “delicada e complicada” – porque terá de se posicionar em algum momento sobre o resultado das eleições.

Nicolás Maduro se declarou eleito, mas não apresentou as atas eleitorais para comprovar. Já o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, diz que foi ele o vencedor das eleições.

O Brasil, assim como a Colômbia e o México, tem insistido para que o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano divulgue a íntegra das atas eleitorais, com os dados desagregados, para dar transparência a qualquer que seja o resultado.

Nesta segunda-feira (5), o CNE disse que entregou as atas ao Supremo Tribunal venezuelano para proceder uma auditoria no resultado.

Os três países, no entanto, defendem que os documentos sejam tornados públicos. Isso, porque tanto o conselho eleitoral quanto o Judiciário – o que levanta dúvidas sobre a confiabilidade da auditoria a ser feita por esses órgãos.

Países debatem saída

Em discurso nesta segunda em Santiago ao lado do presidente do Chile, Gabriel Boric, Lula reforçou o foco no respeito à soberania popular. O que, segundo Lula, inclui a divulgação dos dados de votação.

Boric não citou a Venezuela em seu discurso, mas Lula deixou claro que o tema foi tratado nas conversas reservadas.

E que vai manter o que vem sendo negociado também com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, López Obrador: insistir em uma saída negociada e transparente para confirmar o resultado eleitoral na Venezuela.

Lula, apesar disso, não esconde o desconforto da situação em que se encontra atualmente. Ele terá de se posicionar, cedo ou tarde, e não terá como avalizar uma eleição suspeita, sob pena de validar um eventual desrespeito à democracia venezuelana.

Ao mesmo tempo, o Brasil precisa manter suas relações diplomáticas e comerciais com a Venezuela para evitar o agravamento da crise política e de uma eventual contaminação da economia.

 

Fonte: G1

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