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Cheia de rio alaga casas e deixa moradores ilhados em rua na Zona Norte de Natal

A Rua Trovador Mariano Coelho, na Zona Norte de Natal, completou 15 dias alagada após a cheia do Rio Doce. A água invadiu casas e também deixou outros moradores do entorno ilhados, já que o acesso – com carro ou a pé – ao trecho ficou difícil (veja reportagem).

A Defesa Civil de Natal foi ao local na manhã desta terça-feira (25) para uma avaliação técnica da situação. A depender do resultado da análise, o órgão informou que o caso pode ser encaminhado para a Secretaria de Assistência Social do Município.

A cheia, no entanto, afeta as famílias que vivem no entorno do Rio Doce, no bairro Pajuçara, há pelo menos duas semanas, quando chuvas fortes atingiram Natal e lagoas trasbordaram, deixando moradores desalojados em algumas regiões.

A dona de casa Kaliane Dias precisou deixar a casa em que mora, que foi completamente alagada. Para entrar em casa, ela precisa encarar momentos em que a água bate até o joelho na rua, além de encarar água no portão de casa e dentro dos cômodos.

“Todo ano é isso. A casa toda alagada, cheia d’água. Perdi armário, perdi estante, perdi tudo. A água está batendo no joelho. E a gente tem que alugar caro para poder sair daqui”, lamentou Kaliane.

O aposentado Humberto da Silva precisou criar uma alternativa diferente. Ele mora na rua há cinco anos em uma casa com primeiro andar. Por isso, esvaziou o térreo e passou a “morar” nos últimos dias apenas no andar de cima.

“Aqui não passa ninguém. Está todo mundo ilhado. Quem não está é porque abandonou a casa e foi embora”, disse o aposentado.
Os moradores alegaram que nas semanas anteriores a Defesa Civil não foi até a localidade para dar apoio e avaliar a situação. A dona de casa Kaliane Dias disse se sentir “desprezada” pela autoridade.

“A Defesa Civil não vem aqui. Não vem olha a nossa situação, não ajuda a gente em nada”, lamentou.

A dona de casa acredita que o rio tem aumentado o nível nos últimos dias. “Está batendo acima do joelho. A lagoa de captação aqui abandonada. Quando enche, cai tudo aqui dentro do rio”, disse.

 

Fonte: G1 RN

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