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Foto:REUTERS/Toby Melville
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu, nesta terça-feira (25), à soltura do fundador do Wikileaks, Julian Assange.
“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso”, escreveu Lula em publicação no X (antigo Twitter).
“Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, concluiu.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi libertado de uma prisão britânica e estava voltando para seu país natal, a Austrália, na segunda-feira (25), depois que sua batalha de 12 anos contra a extradição para os Estados Unidos terminou em um acordo judicial.
A controversa figura passou os últimos cinco anos numa prisão de segurança máxima no Reino Unido e quase sete anos antes disso escondido na embaixada do Equador em Londres, tentando evitar uma prisão que poderia ter levado à prisão perpétua.
Na segunda-feira (24), Assange, de 52 anos, concordou em se declarar culpado de uma acusação criminal relacionada ao seu suposto papel em uma das maiores violações de documentos confidenciais do governo dos EUA, depois que seu site de denúncias publicou quase meio milhão de documentos militares secretos relacionados às guerras dos EUA no Iraque e no Afeganistão.
O acordo judicial encerra uma longa saga jurídica, permitindo a Assange evitar a prisão nos EUA e regressar à Austrália como um homem livre – mas não antes de comparecer ao tribunal num remoto território dos EUA no Pacífico.
Assange embarcou em um voo do aeroporto de Stansted, em Londres, na segunda-feira, depois de ser libertado sob fiança da prisão, de acordo com um comunicado do WikiLeaks nesta terça-feira (25).
“Julian Assange está livre”, disse o WikiLeaks. “Ele deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de ter passado 1.901 dias lá.”
Viajando com ele a bordo do voo está o Alto Comissário da Austrália no Reino Unido, Stephen Smith, disse o primeiro-ministro do país.
Nos termos do acordo, os procuradores do Departamento de Justiça dos EUA pedirão uma pena de 62 meses – que é igual ao tempo que Assange serviu no Reino Unido enquanto lutava contra a extradição.
O acordo judicial creditaria o tempo cumprido, permitindo que Assange retornasse imediatamente à Austrália. O acordo ainda precisa ser aprovado por um juiz federal.
Como Assange resistiu a pisar no território continental dos EUA para declarar a sua confissão de culpa, um juiz conduzirá a audiência e a sentença em conjunto na quarta-feira em Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, de acordo com uma carta apresentada pelos procuradores.
A cadeia de ilhas do Pacífico é um território dos EUA a cerca de 6.000 quilômetros a oeste do Havai e um tribunal distrital federal dos EUA está sediado na capital Saipan. As ilhas também estão mais próximas da Austrália, onde Assange é cidadão e para onde deverá regressar após a audiência, disseram os procuradores.
Fonte: CNN Brasil