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Oito lagoas de captação têm risco de transbordar

Foto: Magnus Nascimento

 

A Defesa Civil de Natal mantém monitoramento constante a oito lagoas de captação da capital por risco de transbordamento. Os equipamentos monitorados com maior atenção foram os mais afetados pelas precipitações intensas que atingiram a capital em novembro de 2023, segundo o órgão. Integram a lista as lagoas Jardim Progresso, José Sarney, Santarém, Dom Pedro I, Redinha I, Parque das Dunas I, Parque das Dunas II e São Conrado. A reportagem esteve na lagoa de São Conrado na segunda-feira (11) e constatou a presença de mato e lixo no local. A Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) disse que a limpeza do fundo das lagoas se concentra na zona Norte, região prioritária da cidade.

De acordo com a pasta, as intervenções seguem exatamente uma lista de priorização. Para a lagoa de São Conrado, onde o último serviço ocorreu em novembro de 2023, no entanto, só está prevista uma nova manutenção em setembro. À reportagem, a Seinfra apresentou um relatório com um calendário para manutenção de maquinários e limpeza do fundo das lagoas, que inclui a retirada de vegetação. A pasta esclareceu que esse cronograma vem sendo seguido normalmente, com a realização dos serviços na zona Norte.

Questionada por que a demora em fazer reparos na lagoa de São Conrado, no bairro de Nossa Senhora de Nazaré, zona Oeste da cidade, a Secretaria disse que o relatório foi elaborado no ano passado com estimativas para 2024 e que, portanto, as datas podem mudar de acordo com as necessidades de cada local. A pasta não comentou, no entanto, se haverá possibilidade de antecipar a limpeza da lagoa em questão. Para quem vive próximo ao equipamento, o ambiente é de tensão sempre que chove forte.

O auxiliar de topografia Neto Augusto, de 53 anos, ressalta que a lagoa tem histórico de transbordamento e que a água costuma invadir as casas ao redor, como é o caso da residência dele. “Limparam o mato, mas ele cresce rapidinho quando chove. Sem contar as situações em que nossa casa foi invadida pela água que transborda – foram tantas vezes que nem me lembro quantas”, conta ele, morador da área há 50 anos.

Em relação ao lixo do entorno, a Seinfra informou que é de responsabilidade da Urbana a retirada dos resíduos. Procurada, a Urbana informou que a limpeza na São Conrado deve acontecer no próximo mês. “Estamos atuando na lagoa de captação de Candelária neste momento”, disse a pasta.

A reportagem também esteve em outro ponto da capital, na lagoa dos Potiguares, em Nova Descoberta, na zona Sul. Por lá, o cenário parece bem menos preocupante. Um funcionário da Urbana fazia a limpeza no entorno, mas havia bastante acúmulo de água, resultado das últimas chuvas. “A lagoa de Nova Descoberta é ponto crônico de lixo, por isso há funcionários nossos por lá e o lixo é recolhido pelo menos uma vez por semana”, explicou a Urbana.

As fiscalizações, neste sentido, estão a cargo da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), que tem feito o monitoramento das áreas – foram 13 lagoas vistoriadas este ano, desde a segunda quinzena de janeiro (três na zona Norte, sete na zona Oeste e três na zona Leste. “A vistoria de água servida nas lagoas é mais demorada, porque exige um trabalho de levantamento em toda a microbacia de contribuição. Após a identificação do problema, a gente notifica e dá um prazo de 10 dias, normalmente, para que a pessoa corrija a irregularidade. Não corrigindo, a gente autua e faz o tamponamento ou remoção das tubulações”, explica Leonardo Almeida, supervisor geral de Fiscalização Ambiental da Semurb.

“Mas quando a chegada da água servida se dá por descarga de drenagem, é necessária uma investigação de toda área, porque pode haver vários imóveis contribuindo e o trabalho fica ainda mais demorado”, diz Almeida. Ligações clandestinas podem ser denunciadas no telefone (84) 3616-9829.

 

Fonte: Tribuna do Norte

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