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Foto: Redes sociais
O assassinato do prefeito Neném Borges, em abril deste ano, foi motivado pelo apoio do político às forças policiais do estado no combate a uma facção criminosa que atua no município de São José do Campestre, no Agreste potiguar. A informação foi divulgada pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte nesta terça-feira (26).
A Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, que segue foragido. A identidade dele não foi divulgada, segundo a polícia, porque o processo segue em segredo de justiça.
Segundo a polícia, o autor do crime é chefe local uma facção criminosa interestadual e teria decidido matar o prefeito por causa do apoio institucional de Neném Borges às ações policiais na cidade.
O delegado Wellington Guedes, responsável pelas investigações, afirmou que o mentor e executor do crime atribuía ao prefeito operações que vinham sendo realizadas contra o grupo.
“Houve um fato relevante que 15 dias antes da execução do prefeito, a Polícia Civil deflagrou uma operação em que foram apreendidos um colete balístico e uma arma de fogo desse suspeito, que teria sido usada em outro homicídio”, afirmou o delegado.
Segundo o delegado, foram colhidos depoimentos que apontam que o criminoso já havia falado que iria matar o prefeito.
“Existem depoimentos afirmando que ele havia dito que iria matar o prefeito, porque o prefeito estava pedindo a cabeça dele numa bandeja. Ou seja, para o suspeito, ele entendia que de fato o prefeito apoiava as forças de segurança pública de modo institucional, para que a cidade mantivesse a ordem e a tranquilidade”,
“O que apuramos de forma técnica, o que foi demonstrado nos autos, é que ele criou uma rixa pessoal com o prefeito Neném Borges, porque o prefeito demonstrava publicamente que apoiava as forças de segurança e sempre se colocou à disposição para que possíveis estruturas da prefeitura fossem utilizadas para o enfrentamento do crime organizado”, completou.
Ainda de acordo com os investigadores, o suspeito já respondeu por vários crimes e agiu com “profissionalismo” na execução, pelo que pôde ser observado nas imagens gravadas por câmeras de segurança instaladas na casa do prefeito.
“O indivíduo estava completamente coberto, não aparece nenhuma parte do corpo dele. Ele estava utilizando luvas cirúrgicas. Ele não toca na maçaneta, mesmo estando de luva. Ou seja, é uma pessoa extremamente experiente, que tomou todas as medidas possíveis”, afirmou o delegado.
Fonte: G1 RN