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40 pessoas são resgatadas de clínica de reabilitação devido a suspeitas de violência física e psicológica

Cerca de 40 pessoas foram resgatadas de uma clínica de reabilitação na tarde desta quinta-feira (7) por suspeita de violências físicas e psicológicas, incluindo tortura e cárcere privado. O centro, localizado na Zona Rural de Extremoz, cidade da Grande Natal, fornecia serviço para idosos, pessoas com transtornos mentais e dependentes químicos.

Segundo a Polícia Civil, a investigação foi iniciada com uma denúncia anônima, após um interno conseguir escrever um bilhete, amarrar em um pedaço de madeira e jogar para fora da clínica. A mensagem com pedido de socorro foi encontrada e levada até a delegacia da cidade.

Nesta quinta-feira, agentes do Ministério Público do Rio Grande do Norte estiveram no local acompanhados de equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil fiscalizar a clínica. Cerca de 40 internos foram encontrados com indícios de maus-tratos, entre eles idosos, pacientes com transtornos mentais e dependentes químicos.

Eles apontaram a existência de instrumentos de tortura, incluindo uma arma de choque e facões, objetos apreendidos pelos policiais. Ainda segundo informações das vítimas, o proprietário do local e os funcionários os agrediam fisicamente.

“Temos relatos de maus-tratos, pacientes dopados por até três dias, casos de cárcere privado em quartos da residência. Somente no final das investigações poderemos confirmar todos esses crimes”, explicou o delegado Ernani Júnior, da Delegacia de Extremoz.

Um dos pacientes da clínica é Israel Ferreira, apesar de ter passado somente seis dias no local, conta ao que ele e os demais internos eram submetidos pelos funcionários do espaço.

“Era uma alimentação péssima, nos amarravam, nos davam remédio a força, tinha espancamento, arma de choque, isso se não cumpríssemos qualquer regra”, disse.
Coordenador da clínica, Rafael Jonas explica que estava internado como paciente e foi colocado como funcionário, sem receber nada por isso e sendo obrigado a torturar os outros pacientes. “Eu era obrigado a agredir, segurar para que algumas situações, tudo isso porque tinha medo de me maltratarem”, disse.

“Temos relatos de maus-tratos, pacientes dopados por até três dias, casos de cárcere privado em quartos da residência. Somente no final das investigações poderemos confirmar todos esses crimes”, explicou o delegado Ernani Júnior.

 

Fonte: G1 RN

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