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Foto: Zurimar Campos/Presidência da Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, divulgou na noite de terça-feira (5) um novo mapa do país com a incorporação de Essequibo, a região da Guiana que o governo venezuelano alega ser sua. Maduro determinou ainda que o mapa seja publicado e reproduzido em escolas e universidades, em uma tentativa de fazer valer o referendo sobre a anexação da área realizado no domingo na Venezuela.
Também na terça-feira, Maduro anunciou pelas redes socias um decreto criando a “zona de defesa integral Guayana Essequiba (como a região é chamada na Venezuela)” e apresentou à assembleia de deputados do país um projeto de lei para a criação da província – o que, na prática, significa que seu governo vai tentar anexá-la.
A nova versão do mapa também já foi incluída em artes que ilustram órgãos governamentais da Venezuela.
A reação da Guiana foi imediata. O presidente do país, Irfan Ali, disse que vai acionar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) – na semana passada, a Corte Internacional de Justiça, a mais alta instância da ONU para julgar conflitos entre países, proibiu a Venezuela de tentar anexar Essequibo.
“Imediatamente ordenei publicar e levar a todas as escolas, colégios, Conselhos Comunitários, estabelecimentos públicos, universidades e em todos os lares do país o novo Mapa da Venezuela com a nossa Guiana Esequiba. Este é o nosso querido mapa!”, publicou Maduro, em uma rede social.
Em um pronunciamento público, Maduro também anunciou que estava ordenando que a estatal petroleira venezuelana PDVSA conceda licenças para a exploração de petróleo e gás na região.
As ações anunciadas pela Venezuela ocorrem dois dias após a realização do referendo no país para a aprovação da incorporação de Essequibo à Venezuela. Segundo o governo do país, 95% dos eleitores votaram a favor da medida.
Além de divulgar o mapa, ordenar a emissão de licenças de exploração de petróleo e sugerir uma lei para criação de uma província, Maduro também propôs as seguintes medidas:
Após os anúncios do governo venezuelano, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou que o país irá acionar o Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (6).
“A Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo. A Venezuela declarou-se claramente uma nação fora da lei”, afirmou.
Fonte: G1