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Foto: Codern
A Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) recebeu uma proposta de arrendamento de parte do Porto de Natal, nesta quinta-feira (23). O pedido foi feito por uma das maiores exportadoras de frutas do país, sediada em Mossoró, responsável por cerca de 90% do melão vendido para fora do país.
De acordo com os representantes das empresas, a Agrícola Famosa se juntou à operadora de navios Green-Sea e propôs arrendar 4 mil metros quadrados da área do porto da capital potiguar. O terminal tem, ao todo, 55 mil metros quadrados.
Segundo a empresa, há interesse em concentrar as atividades na capital potiguar. As operações de exportação, no ano passado, eram feitas pelo porto de Mucuripe, no Ceará, mas com a saída da empresa francesa CMA CGM do porto de Natal, surgiu a ideia de operação no estado.
“Com a saída da CMA do Porto de Natal a gente viu uma enorme possibilidade de vir com esses navios para cá e hoje estamos entregando um pedido de arrendamento de uma área do porto, porque nossa intenção é vir com navios maiores, com uma frequência maior e atender não só a Famosa, como todos os produtores da região, tanto de melão, como de Petrolina, manga, uva”, afirmou Carlo Porro, ceo da Agrícola Famosa.
O objetivo, segundo a empresa, é construir um frigorífico para armazenar as frutas que serão exportadas. A empresa já opera no porto desde agosto, exportando frutas em pallets.
“A gente não faz atrasos, a gente faz rápido, o que é importante para fruta, que precisa de rapidez para chegar com boas condições nas prateleiras dos supermercados lá fora. A gente sente a responsabilidade de ter a fruta fresca, para o cliente vender com boas condições e bons preços, porque isso sustenta também o negócio aqui”, diz Hens Vos, ceo da Green-Sea.
De acordo com a Codern, esse é o segundo pedido de arrendamento apresentado à companhia. Uma empresa de minério de ferro também fez uma proposta de arrendamento parte do terminal.
Segundo Nino Ubarana, presidente da Codern, o processo se inicia com a carta de intenção apresentada pelo proponente. A Codern, que é uma companhia estatal ligada à União, deverá remeter a documentação à Secretaria Nacional de Portos.
“A partir daí a secretaria autoriza a contratação de um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, contratado pela empresa interessada, e que tem de 120 a 180 dias para ficar pronto. Após esse estudo, ele vai para uma revisão na Infra SA, que é uma empresa pública, depois para a agência reguladora (a Antaq) e dando tudo certo, inicia-se o processo de licitação”, afirmou o diretor.
Os valores da negociação não foram revelados por questões comerciais.
O evento de oficialização da proposta contou com participação da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) e do presidente da Federação das Indústrias do Estado, Roberto Serquiz. Fátima destacou que a fruticultura é responsável por cerca de 50% da pauta de exportações do estado, que é lider de exportação de frutas frescas para a Europa.
Fonte: G1 RN